Gestão Real

Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser colocar à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.

Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes.

Ninguém é suficientemente competente para governar outra pessoa sem o seu consentimento.

Abraham Lincoln

Vamos enfrentar no próximo domingo, um grande desafio para a democracia brasileira, qualquer que seja o resultado, o país saíra mais forte. A estabilidade econômica custou muito caro ao Brasil, diversos planos fracassados, muitos anos de hiperinflação e um modelo político advindo de uma ditadura militar.

Era um mundo ainda governado pela guerra fria, um pais isolado pelas decisões protecionistas e seguindo as regras do FMI – Fundo Monetário Internacional, a muito custo conseguiu consolidar um modelo bancário e financeiro sustentável. Lembro-me que havia muitas contestações as exigências colocadas pelo fundo, algo como aconteceu na Grécia recente devedor sem reservas, vivia das reservas externas.

Confisco de poupança, controle de preços e todo tipo de heterodoxia econômica, várias empresas não resistiram, uma geração de empreendedores foram simplesmente extintos da realidade, seguidos de desemprego, inflação e a estagnação econômica. A nossa moeda derretia todos os dias, ganhando sempre casas decimais e mais casas a direita.

Surge o plano real, que recompõe as bases econômicas e cria a lei de responsabilidade fiscal e o Brasil passa ter metas fiscais e o país conquista a estabilidade de sua moeda e com estes fundamentos passa de devedor a credor, conseguindo até ter reservas econômicas consideráveis.

Sem julgamento do mérito político, a sociedade brasileira colocou avanços como a ficha limpa para candidatos, se abriu para um multipartidarismo, abrindo espaço para todas as correntes, nossa tentativa de manter o pluralismo, característica de um país que tem em sua força a diversidade.

Neste domingo, o Brasil terá a chance de retomar a política econômica que proporcionou uma mínima estabilidade e excluir um governo, que atentou contra a ordem financeira e se usou da máquina do estado para sua perpetuação política a qualquer preço. Que o Brasil consiga se livrar das chagas da corrupção e de governos que se usaram deste meio para chegarem ou se manterem no poder.

“Perseverança Brasil! ”.

Adeildo Caboclo é professor, palestrante, consultor de empresas e escritor.

E-mail: diretoria@flapbusiness.com.br - Visite: www.adeildocaboclo.com.br