Edgar Morin
“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios”.
Barão de Montesquieu
“A vaidade é um princípio de corrupção”.
Machado de Assis
O maior país da américa latina, encontra-se com ele mesmo, com 13,2 milhões de analfabetos pesquisa IBGE (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Pnad) em novembro de 2015. Com um sistema político ultrapassado onde o voto ainda é obrigatório e com intelectuais de esquerda, que no passado professavam o combate a corrupção e a defesa de uma moral. Passados mais de uma década, sobra epidemias e esgoto não tratado, o país se afunda em uma recessão sem precedentes e a lama contamina tudo que é bonito. Há uma dicotomia entre a realidade e a utopia de governo.
Durante séculos, vivemos em uma sociedade, que priva-nos dos direitos, sem se importar com isto, na base está a retirada da autonomia e a delegação total dos poderes a governantes, com poucos mecanismos de participação popular. O povo é refém do modelo político, modelo este irrigado pelo dinheiro da corrupção, caixa dois, obras superfaturadas e desvios do erário público.
Não somos capazes de fazer o enfrentamento político, pois estamos nas mãos do poder econômico, partidos se apossaram dos recursos de estatais para fortalecerem seus caixas, criando verdadeiros partidos bancos para a eleição de seus filiados e para fazer ou comprar votos nas instâncias congressuais, a despeito de qualquer preocupação com a sociedade.
Com 40 ministérios, 35 partidos, 513 congressistas, 81 senadores e milhares de cargos de confiança bancados pela iniciativa privada, que agoniza só em 2015 o governo arrecadou 802 bilhões em impostos, como manter esta estrutura política que nos custa muito, sem devolver para a sociedade suas necessidades mais básicas. Há uma orquestração entre a falta de autonomia proposital o analfabetismo e o interesse de uma classe política que troca votos por bolsas que apenas mantem seus compatriotas em estado de sobrevivência, sem chance alguma de uma efetiva uma melhoria social em ampla escala.
Em nome dos inocentes, analfabetos, crianças e não politizados, precisamos nos levantar para reafirmar que não é possível deixar o Brasil, continuar nesta rota histórica de desigualdades sociais, provocadas para favorecer regimes totalitários de direita ou de esquerda, pobre democracia e pobre povo, que afogados na corrupção não entendem por que de tanto sofrimento, que os inocentes acordem e que a verdade venha cada vez mais à tona. Não se discute nação e sim projeto de poder, uma esperança a luta contra a corrupção e pela moralidade nos gastos públicos. Muitos inocentes estão a defender posições, sem compreender que o problema está nas reformas que o país precisa; a criação de um novo pacto social, pela inclusão do Brasil no ranking dos países, sem analfabetos, sem prisões, imprensa livre e o combate incansável contra a corrupção que é a base de todos os males.
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